24 de setembro de 2017

FALA ESCRITOR: Mistura de artes, cheiro de amor e explosão de sentimentos

O título desta postagem já descreve o que aconteceu na última edição do Fala Escritor (set 2017) na Livraria Porto dos Livros, no Porto da Barra. Porém é importante detalhar para você que não pôde comparecer, para que sinta um pouco da mesma energia que sentimos durante essa edição. 

Pela primeira vez, Bruno Máriston, jovem multifacetado que iniciou sua vida artística no Fala Escritor e acompanha o projeto desde 2009. Máriston não somente apresentou, mas ele deu cara nova ao projeto e é responsável por significativas mudanças estéticas e de gestão, à exemplo da chegada de três mulheres ao grupo, Michelle Saimon, Patrícia Mendes e Ione Sousa. 

Delcimar Sena lançou o livro 'Olhinegro', abordou aspectos da criação dos poemas, da produção do livro e falou sobre seu sentimento através dos versos, quando ele pensou que o livro já estava lançado Ione Sousa e Patrícia Mendes, novas coordenadoras do nosso projeto, lhe fizeram revelar o poema que mais lhe tocava o ser, além de fazê-lo lembrar de falar um pouco da autoria e ideia da bonita capa do livro e abordar um pouco sobre a influência de Augusto dos Anjos em sua obra.  
Como sempre, não pode faltar no Fala Escritor poetas e poetisas recitando seus versos, coisa que aconteceu durante todo o evento, entre uma atração e outra, foram tantos e tão brilhantes que seria um crime citar um e esquecer o outro, mas podemos afirmar, todos saíram tocados profundamente em n'alma.

Tivemos a honra e a alegria de lançar no Fala Escritor a Banda Zimoblack, composta por Emerson Araújo, Camila Ceuta, Rafael Pitanga, Yago Luís e Ícaro Santos. Cinco jovens negros, apresentando muito mais que seus cabelos black power, mas um discurso forte, empoderado e consciente de que a estética apresentada por eles é uma forma de luta contra o racismo e a opressão enfrentada pelo povo negro todos os dias em nossa cidade. Eles apresentaram um repertório com músicas autorais e canções que influenciam em suas criações, como Sarara Crioulo música do álbum Sandra de Sá de 1986.

Por fim, não poderia deixar de citar, que entre as ilustres presenças na Porto dos Livros, estava Renata Rimet, uma das fundadoras dos Projeto Fala Escritor, com a palavra:


Texto: Leandro de Assis
Fotos: Leandro de Assis


15 de setembro de 2017

Lançamento do livro 'Olhinegro' no Fala Escritor

“Eu sou teu poeta...
Tu és a parte que forma o semblante
E o verso que me completa.”

Com este poema o escritor soteropolitano Delcimar Sena convida seus amigos e amantes da literatura para o lançamento do seu livro ‘Olhinegro’, na próxima edição do Projeto Fala Escritor. 




A jovem banda ZimoBlack formada por Emerson Araújo, Camila Ceuta, Rafael Pitanga, Yago Luís e Ícaro Santos apresentarão um repertório eclético de abordagem multirreferencial que já tem encantado platéias por onde se apresentam. 

                                                                 Foto: Renata Rimet

Em busca de um novo um novo formato para o Projeto a coordenação foi buscar na juventude e talento de Bruno Máriston, Ione Cristina, Michele Saimon e Patrícia Mendes novas idéias. A apresentação desta edição ficará por conta de Bruno. 

Uma das modificações que já será colocada em prática nesta edição é a não realização da mesa dos organizadores, abrindo mais espaço para o recital poético, fazendo com que cada poeta tenha oportunidade de recitar mais vezes. Os organizadores se apresentarão junto com os poetas, como acontecia anteriormente.

SERVIÇO

O quê: Lançamento do Livro Olhinegro no Fala Escritor
Outras apresentações: Recital Poético e Banda ZimoBlack
Quando: 20/09/2017, quarta-feira, às 18hs
Onde: Livraria Porto dos Livros, Porto da Barra, Salvador-BA
Entrada Gratuita

27 de julho de 2017

Poesia de Rua e os Coletivos da Periferia serão destaque no aniversário do Fala Escritor



A poesia está nos livros, nas novelas, no cinema, nas músicas e principalmente nas ruas. Em Salvador, dezenas de artistas da palavra percorrem ambientes boêmios e culturais recitando seus versos; outro local preferido dos poetas são os ônibus. Para abordar um pouco do cotidiano dos poetas e da poesia de rua de nossa cidade convidamos Pareta Calderasch do Pense Poesia, Rafael Pugas do Coletivo Atuar, Taíssa Cazumbá do Coletivo Currute e Valdeck Almeida de Jesus do Prêmio Galinha Pulando de Literatura que, também, é um dos coordenadores do Fala Escritor.



A programação contará com o lançamento dos livros do escritor soteropolitano Sandro Sussuarana, "Ver(sos) Sob(re) Mim" e "O Diferencial da Favela: Poesias e Contos de Quebrada", do Sarau da Onça, (selecionado no II Festival de Arte e Cultura do Sarau da Onça, Edital Litratura da Funceb / Secult / Sefaz / Governo do Estado). Ambos editados pela Galinha Pulando. Sandro é um dos organizadores do Sarau da Onça, uma escola de cidadania, respeito às diferenças, luta pelos direitos humanos e acolhimento de todos e todas.

O Fala Escritor foi idealizado pelo escritor e poeta Leandro de Assis e é coordenado em parceria com os escritores Valdeck Almeida de Jesus, Jorge Carrano, Carlos Yeshua e Luiz Menezes de Miranda. A primeira edição do Projeto aconteceu no dia 09 de agosto de 2009, no Espaço Glauber Rocha da Livraria Saraiva. Nesses 8 anos, o Fala Escritor se orgulha de ter lançado em sua programação mais de 80 livros de autores baianos, centenas de novos poetas e ter contribuído com a formação de novos saraus em Salvador. Também orgulha o projeto o reconhecimento de outros movimentos culturais como o Clarear, Alma Brasileira e o certificado de Honra ao Mérito da Academia de Letras do Brasil.

SERVIÇO
O quê: Aniversário do Projeto Fala Escritor
Em debate: A Poesia de Rua e os Coletivos da Periferia Lançamentos: 'Verso (s) Sob (re) Mim' e ‘O Diferencial da Favela: Poesias e Contos de Quebrada’ de Sandro Sussuarana e do Sarau da Onça
Quando: 09.08.2017, quarta-feira, às 18hs
Onde: Livraria Porto dos Livros, Porto da Barra, Salvador-BA

Entrada Gratuita

15 de janeiro de 2017

1ª Palavra Preta: Mostra Nacional de Negras Autoras



1ª palavra preta: mostra nacional de negras autoras acontece em salvador, nos dias 21 e 22 de janeiro, das 16 às 22horas, na casa preta, rua areal de cima, 40, dois de julho 

a 1ª palavra preta - mostra nacional de negras autoras conflui em salvador o sonho de muitas que trouxeram, de longe e de antes, nossos passos até aqui: sendo donas da nossa voz, da nossa palavra, do nosso canto e de nossa poesia, alimentamos a nós mesmas, e nutrimos também umas às outras em dois dias de música, poesia, artes visuais, e gastronomia feita por, com, para mulheres negras!

a mostra avança na caminhada que reúne a força de nossa herança à criatividade inovadora da arte negra contemporânea que cada uma de nós reatualiza na própria obra. é um espaço fértil e receptivo pro compartilhamento de nossa arte negra afrodiaspórica, vibrante, diversa.

somos muitas, nos expressamos de diversas maneiras! reinventamos as fontes ancestrais, e renovamos os rumos da produção estética, poética, musical, performática. partimos da crítica contundente ao cultivo da semente maravilhosa, à construção das pontes simbólicas que pavimentam nossa vida na trilha do amanhã.

recusamos os lugares típicos em que o racismo, o cissexismo, a lesbofobia, o classismo tentam nos fixar, recusamos a invisibilização e o silenciamento, recusamos que nossas vidas sejam contadas por sinhozinho branco patrono literário e que as mortes dxs nossxs sejam narradas como sangue de plástico na mídia:

nós escrevemos nossas palavras!
nós cantamos nossas canções!
nós falamos nossos poemas!
nós somos donas da nossa voz!

vem com a gente! juntas somos mais fortes, mais lindas, mais plenas ♥

1ª Palavra Preta: Mostra Nacional de Negras Autoras
Casa Preta (Rua Areal de Cima, 40, 2 de Julho, Salvador)
Ingressos a R$5,00 (cada dia)

produção:
Luedji Luna
Tatiana Nascimento

apoio:
Casa Preta
La Frida Bike
Julia Morais

PROGRAMAÇÃO:

21/01 (sábado)

cantautoras:
Alexandra Pessoa
Aline Lobo
Aryani Marciano (SP)
Tatiana Nascimento (DF)
Emillie Lapa
Zinha Franco

poetas:
Cidinha Da Silva (MG)
Maiara Silva
Natalia Soares
Dricca Silva

22/01 (domingo)

cantautoras:
A Intêra
Jadsa Castro
Luedji Luna
Marília Sodré
Vanessa Melo
Karla da Silva(RJ)
Verona Reis


+ exposição de aquarelas de Annie Gonzaga Lorde, venda de livros de Cidinha da Silva, e gastronomia (inclusive vegana) com La Frida Café

poetas:
Livia Natália
Sys Fagundes
Jamile Santana

5 de novembro de 2016

Fala Escritor em nova casa volta às origens


O Projeto Fala Escritor comunica ao setor literário, aos poetas participantes dos seus saraus, aos setores ligados à cultura, órgãos oficiais e parceiros, principalmente a uma plateia fiel, de apaixonados pela poesia, que nos acompanhou até essa data, que agora está se apresentando no Quadrilátero da Biblioteca Central do Estado (Biblioteca dos Barris), na Rua General Labatu, 27, Barris, Salvador-BA, em novo dia, na segunda terça-feira de cada mês, a partir das 18hs.
E não é só mudança no mapa geográfico, a edição de novembro, que acontece no dia 08.11.2016, das 18 às 21hs, tem novidade e tem é a volta das palestras relativas ao universo do livro, da leitura, da biblioteca e das políticas públicas relativas. E, claro, o microfone aberto, onde cada artista da palavra expõe suas ideias. O que marcou o diferencial dos encontros de escritores, poetas, cordelistas etc, agora retorna, pois, como o próprio nome do projeto expressa, aqui você acontece, aqui você Fala, Escritor!
Na programação, o grandioso sarau com todos os poetas presentes, intercâmbio de ideias, informações e culturas. Tem palestra de Valdeck Almeida de Jesus e bate papo com Anderson Shon, que vai apresentar um dos seus livros.

Lançamento
Anderson Shon, baiano, jovem, homem negro, professor e comunicador, se propõe, neste seu segundo livro, a seguir respondendo com suas estrofes muito próprias, pessoais, que o poeta é feito de disposição, ousadia e coragem. É com essas ferramentas que, somadas ao seu exercício da escrita, ele nos traz esse Outro Poeta Crônico. Em novembro de 2013, lançou o seu primeiro livro, Um Poeta Crônico, aqui, é Outro, pois desde sua estreia na literatura é notável sua maturação poética. Moveu-se nas letras, nos seus sentimentos, nas relações interpessoais, nos dias que se seguiram à seu primeiro passo literário “sozinho”. Como não poderia ser diferente, ele já não é mais o mesmo daquelas primeiras páginas em que se apresentava com seu estilo muito simples e sensível às imagens e situações que o cercavam, tragando-as, revolvendo-as, resolvendo-as, devolvendo-as em versos de uma construção sua, genuinamente sua. Ser esse outro é fruto dessa disposição do poeta em questão.


Crônico é o seu modo de versar: Shon quer se comunicar, revelar-se, traduzir-se... Pela poesia, ele quer conversar! Pôr em prática o ato dialógico: versar com você, dividir impressões das imagens cotidianas, das situações que vivencia, numa partilha generosa e, também, numa experiência de amadurecimento. Assim, ao discutir-se, ele nos revela e nos propõe que nos traduzamos também. Dispor-se a ser objeto dessa aventura requer coragem.

E essa é a alavanca que o faz um poeta incorrigível, obstinado - crônico. Resumidamente, Outro Poeta Crônico se mostra um compêndio de poesias que funciona como um espelho bendito e maldito. Revela o que se quer ver e escancara o que se quer distância. É a poesia do eu, do você, e já está pronto. Está esperando o que pra você ler?

Palestra
Valdeck Almeida de Jesus, escritor, poeta, jornalista, ativista cultural e dos direitos humanos, autor de 25 livros solo e coautor de 150 antologias, traduzido para o espanhol, inglês, italiano, alemão e holandês, um dos membros-fundadores do Fala Escritor (agosto de 2009), ex-presidente do Colegiado Setorial de Literatura do Estado da Bahia (2012-2014), membro do Conselho Diretivo do Plano Municipal do Livro, da Leitura e da Biblioteca - PMLLB de Salvador (2013-2015 e 2015-2017), Curador da Tenda dos Escritores nas três edições  da Parada do Livro da Bahia (2014, 2015 e 2016), membro-fundador da União Baiana de Escritores - UBESC, membro de academias de letras no Brasil e no estrangeiro, nos brinda com a bela palestra "Como Escrever, Publicar e Divulgar um Livro", texto que se transformou num dos melhores livros de sua autoria, com o mesmo nome.

Para Valdeck, "Todo mundo quer ser escritor. Publicar um livro, porém, envolve custos e habilidades específicas que poucas pessoas conhecem. O que vale, mesmo, é acreditar no seu potencial e começar a escrever. Muitos grandes profissionais, de várias áreas do conhecimento tiveram suas obras recusadas por editoras e depois se tornaram artistas renomados por não desistirem. Mas a publicação, em si, já não é mais mistério. Há várias formas de colocar no papel aquele romance, conto, poema ou pensamento."

E ele continua, afirmando que "o trabalho não termina com impressão da obra. Aí começam novas etapas que envolvem outros profissionais". E foi respondendo a questões relacionadas ao meio editorial que ele resolveu fazer palestras e depois transformou seu trabalho em um guia para quem deseja escrever, publicar e divulgar uma obra literária. Imperdível, para iniciantes e também para quem já está no mercado.

SERVIÇO

O quê: Fala Escritor Especial de Novembro
Quando: 08.11.2016, a partir das 18hs
Onde: Rua General Labatut, 27 - Barris - Biblioteca Central do Estado da Bahia
Quanto: Gratuito
Informações: 71 99345 5255 (Valdeck) 71 99181 1460 (Carrano) 98831-2888 (Leandro)

29 de abril de 2016

Fala Escritor em Nova Casa


O Projeto Fala Escritor comunica ao setor literário, aos poetas participantes dos seus saraus, aos setores ligados à cultura, órgãos oficiais e parceiros, principalmente a uma plateia fiel, de apaixonados pela poesia, que nos acompanhou até essa data, que a partir de 2016 deixa de se apresentar no Espaço Glauber Rocha da Livraria Saraiva Mega Store do Shopping da Bahia.

Foi uma relação de seis anos com o Grupo Saraiva que nos orgulhou muito em ter vivido, foram anos em que pudemos trazer para dentro de um shopping center a literatura através da poesia muitas vezes transversalizada com outras artes, mostrando que a Cultura vence o consumismo, as mentes pequenas de criatividade e estabelece permanência quando promovida de forma inteira. Reiteramos nosso agradecimento ao escritório central do Grupo Saraiva em São Paulo bem como às gerencias que passaram ao longo desses anos pela Mega Store do Shopping da Bahia sempre acreditando na capacidade comprovada do Projeto Fala Escritor em manter uma frequência além da média de leitores potenciais e simpatizantes da literatura que nos prestigiavam a cada edição, a cada lançamento de novos autores, todo segundo sábado de todos os meses ao longo desse período, sem deixar de se apresentar um sábado agendado sequer.

Após seis anos a Coordenação do Fala Escritor opta por consolidar uma ideia que sempre permeou os objetivos do projeto, de sair em busca de novos rumos e outros desafios, portanto informamos que o Projeto Fala Escritor continuará se apresentando sempre no segundo sábado de todos os meses de 2016 e certamente dos anos vindouros cumprindo seu compromisso com a literatura e com os amantes da poesia mas em outro local que atenda às reais necessidades para essa continuidade e novas propostas com uma nova roupagem.

A partir de maio o Projeto Fala Escritor se apresentará na "Livraria e Espaço Cultural Porto dos Livros" situado no Porto da Barra/Salvador, mantendo-se assim fiel àqueles que acreditaram pois nada se acaba, há sempre a oportunidade de se renovar. Segue o Fala Escritor e ficam pelo caminho a história que cada um conta como quiser. Lembramos aqui um trecho da "Sagrada Escritura dos Violeiros" do poeta Zé Ramalho para reflexão: 

"... quem tem o mel dá o mel,
quem tem o fel dá o fel,
quem nada tem nada dá."


Esperamos todos vocês em maio próximo, sábado, dia 14 a partir das 17 horas, na Livraria e Centro Cultural Porto dos Livros, no largo do Porto da Barra, para traçarmos juntos novos rumos dessa caminhada.

Um forte e poético abraço a todos. Coordenação do Projeto Fala Escritor Salvador, 29 de abril de 2016.

14 de julho de 2015

Fala Escritor de agosto de 2015: seis anos de poesia!





Por: Valdeck Almeida de Jesus

Para comemorar seis anos de encontros poéticos, o Fala Escritor abre o microfone para os poetas presentes declamarem. Na edição, teremos, ainda, lançamento do livro “Dicionário de Escritores Contemporâneos da Bahia”, organizado por Carlos Yeshua, apresentação musical de Totti Varjão (cantor e compositor) e Diogo Santana (instrumentista), e uma conversa com “A Pombagem”, trupe de arte popular, que circula a periferia e as ruas de Salvador com intervenções pedagógicas e de conscientização sobre os Direitos Humanos. O evento acontece no Espaço Glauber Rocha da Livraria Saraiva (Shopping da Bahia), dia 08 de agosto de 2015, a partir das 18 horas.

O Fala Escritor é um dos projetos mais antigos em atividade em Salvador, espalhando arte da palavra, poesia, artes plásticas, arte circense, dança, teatro, música, contação de história, leitura e declamação de poemas, palestra relativa à cadeia produtiva do livro, lançamento de livros, oficina de criação de textos, além de muito afeto. Nesses seis anos foram lançados dezenas de livros, se apresentaram centenas de escritores e artistas da palavra, iniciantes e veteranos. A tônica é o microfone aberto, fazendo a diferença, num espaço nobre, em que qualquer pessoa, profissional ou não, pode dizer seus versos, dar seu recado, ouvir e ser ouvida.

E o diferencial atrai e mantém um público fiel, tanto de poetas como de apreciadores da boa e velha arte da palavra. A cada encontro, renovação de ânimo, fôlego para mais um mês, um encontro, um bate papo. Velhos e novos amigos se abraçam, se despedem. Nesses seis anos, alguns foram brilhar nas academias de letras do céu, outros partiram para trabalhos individuais, alguns se juntaram para montar outros saraus e outros, ainda, desistiram no meio do caminho. Mas a porta da poesia continua aberta, fazendo laços e mantendo a amizade.

Arte cria laços, cria afetos, cria relações pra vida toda. E é desses laços que o projeto sobrevive. Seja no Dique do Tororó e Ruas de Lazer da Barra, através da Fundação Pedro Calmon; em Genebra, na Suíça, através do Varal do Brasil; em Cartagena, nos passos do Parlamento de Escritores da Colômbia; na Felisquié, com Domingos Ailton; Feira do Livro de Feira de Santana-BA; Ações em Santa Catarina, Porto Alegre, Distrito Federal, Ceará e outros estados; no Caruru dos Sete Poetas, através das mãos de João Vanderlei de Morais Filho; eventos promovidos pelo Pouso da Palavra, em Cachoeira-BA; visita ao Sarau Bem Black e Sarau Bem Legal na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato e outros espaços (Nelson Macca); passeio na Festa Literária de Cachoeira – Flica, festa Literária de Paraty – Flip e Festa Literária Internacional da Chapada Diamantina – Flich; no Sarau da Onça e Grupo Ágape, levados por Sandro Sussuarana e Evanilson Alves (pra citar apenas dois das dezenas de parceiros); no Sarau Erótico (do mestre Zezé Olukemi); Prosa e Poesia (Kátia Borges, Mariana Paiva, Nilson Galvão e Fábio Haendel); Pós-Lida (James Martins); Sarau Varvara (Varenka de Fátima Araújo); Sarau da Sereia (Osmar Machado “Tolstói”); Sarau da UFBA (Letras, Comunicação e Engenharia); Sarau da UCSAL; participação em eventos no Porto dos Livros (Cristina Fonseca) e Sarau do Por do Sol em Montserrat; da Residência da UFBA; Evento na Universidade do Estado da Bahia, Campus Alagoinhas; palestra na Faculdade Estácio FIB, de Salvador-BA; participação na organização e execução do Fórum Social Mundial Temático Bahia 2010; Sarau A-mar (Michelle Saymon, Yuri Santana, Milica Santana da Silva, Rai Blue, e Aline Uzeda); Sarau da Flor (Chá Rize); Sarau dos Deuses (Jojó Miranda); seja nos eventos da Òmnira, Encontro Baiano de Escritores - ENEB e União Baiana de Escritores - Ubesc, com Roberto Leal; no ArtPoesia, dos poetas José da Boamorte e Carlos Alberto Barreto; Sarau da Enegrescência (David Alves Gomes e amigos - Casa de Angola); em Lauro de Freitas, através da Academia de Letras e do professor e amigo Tássio Revelat e sua esposa Miliane Tahira; nas linhas e páginas dos jornais Correio da Bahia, A TARDE e Tribuna da Bahia; nas telas de notebooks e computadores e nas redes sociais; nos olhos brilhantes de cada pessoa na plateia; no Sarau do Gheto (Pareta Calderasch); no Sarau do Gato Preto e A Boca (Tiago Nascimento); no coletivo Poesia Além das Sete Praças (Marcos Peralta); no Sarau da Câmara Municipal (Edgar Velame); no Viva a Poesia Viva (Douglas de Almeida); no Sarau da Paz (Leila Ferreira, Espaço Avançar); no Sarau da Jaca (Marcos Silva); no Alma Brasileira (Sandra Stabile); no CEPA (Germano Machado); na CAPPAZ (Vera Passos); no Galinha Pulando (Valdeck Almeida de Jesus); Buckowski Porão, no Pelourinho; Sarau do Passo (CR Moska); Sarau do Cristiano Souza (Beiru); Sarau da Chácara (Luz Marques); Bienal do Livro da Bahia, em duas edições, com apoio da Fundação Pedro Calmon e Secretaria de Cultura do Estado; Bienais do Rio e São Paulo; Dicionário de Escritores Contemporâneos da Bahia (Carlos Yeshua); Parada do Livro e Leitura (SIBI-UFBA, PMLLB, Fundação Gregório de Matos e Secretaria de Educação do Município de Salvador); Editais de Cultura do Município e do Estado; Conselho Municipal de Políticas Culturais CMPC; no Plano Municipal do Livro, Leitura e Biblioteca; no Colegiado Setorial de Literatura do Estado da Bahia; no Conselho de Cultura do Estado da Bahia; Conferências Estaduais e Municipais de Cultura; Fórum das Artes; Celeste Farias e Leandro Flores (Belo Horizonte-MG); Academia de Cultura do Brasil Seção Suíça (Carlos Ventura); Boca de Brasa; Coletivo Jota (Engenho Velho da Federação); Rede de Bibliotecas Comunitárias de Salvador; eventos do Museu Rodin (bairro da Graça); Portal Jorge Guedes, que fez várias coberturas em vídeo e foto; Tairine Ceuta que foi nossa fotógrafa FREE por um bom tempo; seja poeta com grupo ou poeta individual, coletivo ou não. Com o apoio de cada segmento das artes, de cada curtida, de cada aprovação ou crítica construtiva, vamos fazendo nosso percurso e pavimentando um pedaço de nossa responsabilidade na estrada da poesia baiana.

Serviço:
O quê? Aniversário do Fala Escritor
Quando: 08 de agosto de 2015, 18 às 21hs
Onde: Livraria Saraiva, Shopping da Bahia
Quanto: Gratuito
Contato: (71) 9345 5255 Valdeck Almeida
Blog: www.falaescritor.blogspot.com.br

13 de julho de 2015

Fala Escritor de julho - música, poesia, recital


Fala Escritor de julho de 2015. O poeta Tiago Nascimento lançou o livro "A linda estória de amor entre a Estrela e o Canário", palestrou e recitou poemas de sua autoria no Fala Escritor de julho de 2015.

Nesta edição, se apresentaram, ainda, como atração musical, A Cantora e o Poeta, grupo composto de Claudya Costta (voz), José Abbade (poesia), Rogério Monteiro (violão) e Skerdinha (percussão). 

Poetas e poetisas presentes recitaram e foram recitados... E a chama da arte continua acesa, se preparando para mais um aniversário, no próximo mês de agosto, quando o Fala Escritor completa seis anos de atividades.

13 de junho de 2015

O Fala Escritor de junho não deu certo


Eu não ia falar, fiquei entalado, engasgado, com receio de causar algum tipo de estranhamento, mas hoje, 13 de junho de 2015, aconteceu tudo o que não poderia ter acontecido num grupo de poetas, que se juntam a cada mês, em nome da poesia, da unidade, da família...

Atrasos são normais em qualquer tipo de acontecimento, imprevistos também, mas nada justifica o fato de, apesar de alguns contratempos, o projeto se encontrou na sua essência. Parece que o universo conspirava contra. Mas, ao invés de desandar, uma sinergia que veio de Sussuarana, Bairro da Paz, Liberdade, Beiru, Nazaré, Matatu de Brotas, Pernambués e de tantos outros cantos e recantos dessa cidade, se uniram para fazer do Fala Escritor de Junho, um dos melhores e mais mágicos momentos que somente a afetividade poderia proporcionar.

Aqui, em nome da equipe de coordenação do Projeto Fala Escritor, fica o meu hipotecado agradecimento a Cha Rize, a Yaô e ao percussionista Mário, por fazer nosso forró com tanta lindeza. Eita trio bão, sô!

E não poderia falar de família, sem citar o lindo Sarau da Onça, o lindão Grupo Ágape, os meninos Indemar Nascimento, o galã Renildo Santos e tantos e tantas poetas e poetisas que prestigiaram nosso encontro desse mês. Vale registrar o depoimento, ao vivo, de Renildo, afirmando que “sou aluno do Sarau da Onça. Eu não sabia que existia um lugar para negro, que poesia e música também podiam ser feitos por negro. No Sarau da Onça aprendi que temos um lugar. Eu pensava que isso só existia na televisão (leia-se: na teledramaturgia, nas encenações treatralizadas não reais, não verdadeiras)... com o Sarau da Onça eu descobri que é possível”... Gente, isso é de fazer chorar, é de emocionar até o mais cicatrizado coração. Negar que o Sarau da Onça e o Grupo Ágape têm um papel fundamental no resgate da autoestima de negros e negras da periferia, da favela, é como negar a existência de Deus, e é mais que um crime, é um sacrilégio.

O papel que este coletivo tem realizado na cidade do Salvador é de tamanha importância que já deveria estar sendo replicado, em grande escala, em todas as perifas, em todas as quebradas, becos, vielas, escadarias, guetos, pois é com arte (no mais amplo e sagrado sentido que esta palavra tem), e com afeto, com carinho e coração, que se conquista esses jovens, adultos, pessoas que já não vislumbravam, nem sequer imaginavam que pudesse existir horizonte. E o Sarau da Onça, não mostra um horizonte, traz o horizonte e coloca na alma das pessoas, estimula, faz acreditar e arregimenta para a luta, nas caminhadas contra o extermínio/genocídio de negros, traz para perto, para que cada candidato a uma bala perdida possa pisar firme no chão (apesar, ainda, da fome, do desemprego, da falta de saúde pública, educação, segurança etc), e caminhar, juntos, formando um batalhão de guerreiros da poesia, da música, do grafite.

Por isso o Fala Escritor de hoje não deu certo. Não deu certo para quem mantém a cidade sitiada, para quem mantém a riqueza nas mãos de uns poucos “herdeiros” do patrimônio nacional; não deu certo para o projeto de apartheid que se constrói há anos nesse país. E não vai dar certo, nunca, pois o Fala Escritor é o que o nome do projeto diz, FALA, dá a voz, põe o microfone na boca de quem quer e precisa dizer, falar, denunciar, através da leitura ou da declamação, da música, botar a boca no trombone e dizer que o que queremos é tudo pra nós, e nada pra eles.

25 de maio de 2015

Grupo Ágape lança livro de poemas no Fala Escritor após passar pela Suíça




Com o lema Resgatando pelos versos, jovens da periferia inovam no fazer poético, com textos engajados, incisivos, que arrancam aplausos por onde passam


Por: Valdeck Almeida de Jesus

O Projeto Fala Escritor acontece neste sábado (13/06), das 18 às 21hs, na Livraria Saraiva do Shopping da Bahia, onde será lançado o livro do Grupo Ágape e acontece a apresentação musical de Daniel Claude (clarineta) e Jozi (violão).

A primeira antologia poética dos jovens do Grupo Ágape foi lançada na Suíça, durante o 29º Salão do Livro e da Imprensa de Genebra, entre os dias 30 de abril e 03 de maio de 2015. Na trilha do sucesso alcançado, o coletivo participa do Projeto Fala Escritor, dia 13 de junho, a partir das 18hs, no Espaço Glauber Rocha, dentro da Livraria Saraiva do Shopping da Bahia. Os poetas Maiara Silva, Mateus Silva, Joyce Melo, Sandro Sussuarana, Lane Silva, Evanilson Alves, Gleise Souza, Laiara Mainá, Larissa Oliveira, William Silva e Carol Xavier, vão declamar, falar sobre o trabalho poético e lançar o livro, cuja capa foi desenhada por Zezé Olukemi. A coletânea de 50 páginas sai pela Editora Galinha Pulando e já deu o que falar por onde passou.


As poesias do coletivo poético falam, sim, e falam muito. Os textos são recitados no Sarau da Onça, no mesmo local do lançamento da antologia, nas ruas, becos, vielas, salas de aula, praças, avenidas; falam alto e em bom tom, incomodando ao sistema e a quem compactua com preconceitos, racismo, violência, falta de investimento em cultura, educação, segurança pública etc. Os poemas dos meninos e meninas da favela – como preferem ser identificados – gritam e choram o extermínio de negros e negras, clama por justiça social e criminal, fazem arrepiar e arrancam lágrimas de quem ouve os seus lamentos. Mas também fazem muito bem à autoestima de quem luta por respeito, igualdade, aceitação, autoafirmação e amor próprio.


Aliás, amor próprio é a arma que essa garotada injeta em si e em todos que se aproximam. Com entonação que soa incisiva, bocas e corações da turma se misturam, palavras não são apenas palavras, são tonalidades de pele, são as marcas do sofrimento próprio ou de algum amigo ou amiga que eles testemunharam ser agredidos, injustiçados, desrespeitados. E as palavras chamam à luta pacífica por igualdade de direitos. Na boca do Grupo Ágape, a poesia cria asas, como no fragmento que dá título ao primeiro volume de poemas: “A nossa poesia não foi feita para burguês gostar, / porque é um grito de insatisfação, / a intenção é incomodar! (...)/ Somos crias de Sussuarana, / onde criança vira onça cedo, / e aprendemos que o papel e a caneta são armas contra a opressão e o medo”.


A opressão, que poderia criar uma comunidade de covardes, ao contrário, estimula o Grupo Ágape a lutar por si, por todos, pelo bairro e pela cidade inteira. E os gritos deles ecoam, como urros de onça suçuarana, levando o brado a terras distantes, contaminando mentes e corações. Já chegaram à Bienal do Livro de São Paulo e da Bahia, a Institutos Federais de Educação, a Universidades, Festas Literárias etc e prometem chegar muito mais além; ali, do ladinho, na casa do vizinho, no coração de quem se senta, lado a lado, para ouvir e aplaudir os recitais do Sarau da Onça, do Fala Escritor e de todos os coletivos de poesia da cidade do São Salvador da Bahia de Todos os Santos! Como diz Sandro Sussuarana no livro “O Diferencial da Favela: Poesias Quebradas de Quebrada”, “Mais uma vez eu lhe digo meu amigo: - quer ser perigoso? Vá ler um livro” (A Perifa).


Grupo Ágape - O coletivo surge em julho de 2011 da iniciativa de um grupo de amigos que frequentavam a Igreja de Santo Antônio, da Paróquia de São Daniel Comboni, no bairro de Sussuarana. Foi pensado para ser um grupo de arte dentro da igreja, para agregar jovens por meio da música, dança, poesia e teatro. Devido à dificuldade de conseguir levar adiante o projeto nas quatro vertentes citadas, a opção foi juntar as forças apenas na poesia.



SERVIÇO

O que: Lançamento do livro “A poesia cria asas”

Quando: 13 de junho de 2014, a partir das 18h

Onde: Livraria Saraiva, Shopping da Bahia, Salvador-BA
Quanto: R$ 30,00 (trinta reais)
Entrada: Grátis

Contato: Sandro Sussuarana (71) 9331-5781, Valdeck Almeida (71) 9345-5255