14 de dezembro de 2012

Fala Escritor convida para lançamento do livro “Fala Escritor”


Edição Especial do projeto antes do fim do mundo.

O coletivo Fala Escritor vai lançar, dia 20 de dezembro, a partir das 18 horas, a antologia “Fala Escritor”, no Beco da Rosália, ao lado da Biblioteca Central do Estado, nos Barris, em Salvador-Ba. A obra reúne poemas e contos de vários poetas e escritores da Bahia, que passaram pelo palco do projeto nos três anos de trabalho ininterrupto em prol da literatura. Esta obra é uma das habilitadas e concorre ao Prêmio Biblioteca Nacional de Literatura 2012.

A edição do livro foi realizada graças a um cachê que o grupo recebeu por participar da Ação Poética nas Comunidades, cuja primeira apresentação foi na Gamboa de Baixo, promovida pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, órgão da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. A ideia inicial era convidar todas as escritoras e escritores que passaram pelo Fala Escritor nos últimos três anos, mas, pela limitação financeira, só foi possível reunir uma pequena parte dessas pérolas literária.

Apresentado por Leandro de Assis, idealizador do Fala Escritor, o livro narra uma pequena mostra da trajetória do coletivo e tem poemas e textos dos escritores: Carlos Alberto Barreto, Bruno Mariston, Carlos Souza, Cristiano Santos, Cymar Gaivota, Dé Barrense, Deomídio Macêdo, Everton Lima, Fau Ferreira, Gibran Sousa, Iraildo Dantas, Jônatas Romântico, Jorge Carrano, José da Boa Morte, Josué Ramiro, Leandro de Assis, Luís Menezes de Miranda, Malú Ferreira, Pinho Sannasc, Renata Rimet, Rosana Paulo, Simeão Sousa, Ivone Alves Sol, Tássio Revelat, Tina Tude, Valdeck Almeida de Jesus, Vanise Vergasta, Varenka de Fátima, Vera Passos, Carlos Ventura, Dedeco Lima e Carla Elísio.

SERVIÇO
O que: Edição Especial do Fala Escritor com lançamento do livro “Fala Escritor”
Onde: Beco da Rosália – Rua General Labatut, Barris, ao lado da Biblioteca do Estado
Quando: 20 de dezembro de 2012, a partir das 18hs
Quanto: Gratuito

4 de dezembro de 2012

Gibran Sousa em Feira de Santana

 
Nesta 5º edição do Café Literário, contaremos com a graciosa presença do escritor Marcos Monteiro. Que estará batendo um papo com o público, lançando seu novo livro e performatizando seu trabalho literário.
Teremos a participação do irreverente artista Gibran Sousa, de Salvador, que irá apresentar seu descontraído Stand up Literário.
Ainda teremos a voz e a figura de Asa Filho, nosso anfitrião, após o "encerramento" do evento.
Contamos com a presença de tod@s!
Cidade da Cultura: (75) 3483-2740 - Feira de Santana-BA

31 de outubro de 2012

As estratégias de Paulo Coelho no Fala Escritor


  O poeta Marcos Torres e a Poesia Metafísica, a cantora e atriz Avlla Dy e os poetas do Fala completam a programação do mês de novembro.

Em 1965, quando tinha apenas 18 anos, Paulo Coelho – o escritor brasileiro recordista de venda de livros no exterior -, bolou um plano de divulgação que visava tornar sua obra conhecida, além de reforçar seu marketing pessoal. Naquele momento, “o mago da literatura” iniciava uma estratégia mercadológica que o transformaria mais tarde no escritor com mais de 100 milhões de livros vendidos e o autor vivo mais traduzido em todo mundo.
O que os escritores baianos podem extrair das estratégias literárias adotadas pelo velho parceiro musical de Raul Seixas, nos dias atuais? Com a palestra “Paulo Coelho – O Mago da Literatura”, o jornalista Carlos Souza Yeshua assegura que mostrará para o público presente, na próxima edição do projeto Fala Escritor, que correrá no dia 10 de novembro (sábado), a partir das 18h, na livraria Saraiva do Shopping Iguatemi (Espaço Glauber Rocha), as estratégias do autor de “O Alquimista”, que estão acessíveis a todos os artistas da palavra que sonham com o sucesso na carreira literária. No final da palestra, Yeshua autografará o livro “Carta ao Presidente-Brasileiros em busca da cidadania”.
Lançamento - Ainda na programação, o escritor Marcos Torres fará o lançamento do livro Poesia Metafísica, a obra é um registro de uma poesia que questiona o mundo através de uma visão metafísica e seus desdobramentos em relação à vida, ao outro, à natureza, à existência, possibilitado pela poesia.
Música & poesia - O público ainda contará com recital de poesia com os poetas do Fala Escritor e intervenções musicais com cantora, atriz, escritora e compositora Avlla Dy, ao longo da programação. 
SERVIÇO:

O que: Fala Escritor –
Onde: Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi – Salvador – BA
Quando: 10 de novembro de 2012 (sábado), a partir das 18h.
Entrada: Gratuita
Informações: 71 8805 4708 / 9345-5255 / 8122 7231

2 de outubro de 2012

Mariana Paiva e Lucas Yuri lançam livros no Fala Escritor

Mariana Paiva - Foto: Mila Cordeiro

Neste sábado, dia 6 de outubro, às 18h, o projeto Fala Escritor contará com a presença da jornalista Mariana Paiva (jornal A Tarde) que participará do quadro Quem é o Escritor, na qual abordará sua experiência na área da literatura e do jornalismo cultural. Na ocasião, também fará sessão de autógrafo do seu livro Barroca, que conta com 47 minicrônicas poéticas que partiram de observações da vida que passa dentro e fora das pessoas. O evento ocorrerá na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi – Salvador/BA e tem entrada franca.

Em comemoração ao mês das crianças, o escritor mirim Lucas Yuri lançará dois livros: “O MENINO QUE ACHAVA QUE O PLANETA TERRA ERA TODO DELE”, que conta a história de Rolian, uma criança egoísta que queria dominar os amigos, que não respeitava ninguém e queria ser dono de tudo, inclusive do planeta Terra, e, para conseguir o que queria fazia muitas coisas erradas sem medir as consequências. E a “A MENINA QUE QUERIA SER UMA ARTISTA COMPLETA”, que aborda a história de Gabi, uma menina que adorava música e queria ser uma artista completa. Será que ela consegue realizar este desejo?

Lucas Yuri - É baiano, natural de Salvador, nascido em 30/01/2002, hoje com 10 anos, cursa o 5º ano do Ensino Fundamental e lançou no ano passado o livro A Aranha Vaidosa. Recebeu o certificado de Escritor Destaque de 2011, pelo Projeto de Literatura Brasileira, em solenidade realizada na Academia de Cultura da Bahia, em reconhecimento à sua atuação em prol da Literatura Baiana.
Mariana Paiva é jornalista e seu livro "Barroca" faz parte da Coleção Cartas Bahianas, da P55 Edições, que lançou recentemente livros de Ruy Espinheira Filho, Paloma Jorge Amado e Aninha Franco, entre outros. 

Música & poesia - O público ainda contará com recital de poesia com os poetas do Fala Escritor e intervenções musicais durante toda programação.

Serviço:
O que: Fala Escritor com Mariana Paiva e Lucas Yuri
Onde: Livraria Saraiva Mega Store do Shopping Iguatemi (Espaço Glauber Rocha).
Quando: Dia 6 de outubro (sábado), a partir das 18h.
Entrada: Gratuita
Informações: (71) 9345-5255 / 8122-7231

5 de setembro de 2012

Edição Especial: Como escrever, publicar e divulgar um livro

Autor do livro Como Escrever, Publicar e Divulgar um Livro, Valdeck Almeida de Jesus foi desafiado por Leandro de Assis, idealizador do Fala Escritor, a sintetizar suas ideias e realizar uma palestra com o tema. O autor palestrou na primeira edição do Fala Escritor, em 2009, sobre publicação de livros e, dessa vez, com o lançamento de livro sobre o tema, que aconteceu na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, Valdeck trará novidades sobre publicações e ainda falará sobre o processo de escrita e divulgação.

“Todo mundo quer ser escritor. Publicar um livro, porém, envolve custos e habilidades específicas que poucas pessoas conhecem. O que vale, mesmo, é acreditar no seu potencial e começar a escrever. Muitos grandes profissionais, de várias áreas do conhecimento tiveram suas obras recusadas por editoras e depois se tornaram artistas renomados por não desistirem. Mas a publicação, em si, já não é mais mistério. Há várias formas de colocar no papel aquele romance, conto, poema ou pensamento”. (Valdeck Almeida) 

Valdeck além de escritor é jornalista e editor. Foi Verbete do “Dicionário de Escritores Baianos”, Secretaria de Cultura e Turismo, Salvador, 2006; É membro da Federação Canadense de Poetas desde 2004; Membro da Confraria de Artistas e Poetas pela Paz – CAPPAZ; Membro da Associação Artes e Letras (França) desde 2005; Membro da União Brasileira de Escritores – UBE, desde março de 2006;  Membro da Câmara Bahiana do Livro – CBaL, desde março de 2005 e membro imortal da Academia de Letras do Brasil - Seccional Suiça, além da fazer parte da Academia de Letras de Teófilo Otoni e da Academia de Letras de Jequié. Valdeck integra, ainda, a equipe do Fala Escritor como um dos coordenadores.

Outras atrações:

Apresentação Musical com a bela Iara Castro


Recital Poético 
A principal finalidade do Projeto Fala Escritor é conceder espaço para escritores e poetas mostrarem  seus trabalhos, falarem um pouco das suas concepções literárias, neste encontro não fugiremos à regra. O microfone mais uma vez estará aberto a todos  os poetas e poetisas que desejarem declamar, recitar ou ainda ler seus textos para uma plateia ávida por conhecer e reconhecer a escrita contemporânea.


Apresentação: Leandro de Assis e Renata Rimet



Serviço:

O que: Fala Escritor Especial: Como escrever, publicar e divulgar um livro
Onde: Mega Store Saraiva Iguatemi (Espaço Glauber Rocha).
Quando: Dia 29 de setembro (sábado), a partir das 18h.
Entrada: Gratuita
Informações: (71) 9345-5255 / 8122-7231


4 de setembro de 2012

Leandro de Assis é entrevistado por Elenilson Nascimento


EM BRASÍLIA COM ELISA LUCINDA

"Escritor baiano Leandro Malungu participa de oficina com a deslumbrante atriz e poetisa."
Por Elenilson Nascimento
Imagino que o leitor mais atento deste blog (http://literaturaclandestina.blogspot.com.br/) espere de mim uma crítica feroz ao mundo deslumbrado e vaidoso da Literatura, além de uma defesa do papel do escritor nesse mundo contemporâneo. O que eu sei é que vivo decepcionando alguns parcialmente. Ou talvez não. Mas quando alguns dos meus amigos inteligentes se destacam com as suas artes nesse País que, cada vez mais ignora os seus talentos, corro feito um desesperado para divulgá-los. E esse foi o caso recente do escritor baiano Leandro de Assis Malungu que foi convidado para participar da oficina, em Brasília, sob coordenação da competente e maravilhosa poetisa e atriz Elisa Lucinda“Foram três dias de muito aprendizado. E, além da ótima equipe selecionada na Bahia, havia representantes de Minas Gerais e do Espírito Santo. Todos afinadíssimos e preocupados com a Segurança Pública e determinados na prevenção da violência e no fortalecimento da cidadania. Não foi uma simples oficina de poesia, mas sim uma oficina com homens e mulheres capazes e interessados em usar a força da Palavra para transformar a própria realidade, a outras pessoas, e até mesmo a realidade de profissionais da Segurança Pública que perdeu as esperanças com o sistema”, disse Malungu se referindo ao papel dos militares com relação a caótica  Segurança Pública no Estado da Bahia, já que ele também é militar.
O mundo da realidade literária, em que a palavra vem revestida de fantasia, de alimentos para o sonho, de vitalidade lúdica, de componentes questionadores e críticos, de modos inéditos de apresentar a realidade, é também dotado de uma força comunicativa mais potente. E me fascina muito esse contexto que artistas como Leandro Malungu defende. “Eu queria muito ter uma nova oportunidade de aprender com os amigos da Casa Poema e a oportunidade chegou mais cedo do que eu esperava. Meu desejo de fazer uma boa apresentação era muito grande, pois na primeira oficina realizada Bahia eu havia trocado os versos da parte final de um poema, mesmo sabendo que a apresentação era apenas o resultado da oficina e não o objetivo em si eu me dediquei muito”, sinalizou.
Mas qual a verdade desse jogo literário? Essa tal ética do objeto me parece ferramenta primordial para qualquer crítico que se preze. Sobre a importância que a Elisa Lucinda e muitos outros pleiteiam ao jornalismo cultural debaixo de um aparente saudosismo aos ícones da crítica. E vejo movimentos, debates, saraus e oficinas literárias espalhadas pelo Brasil como sintoma de inquietude. E esses números são bem claros.
Malungu, aproveitando o espaço na revista on-line Fazer Política, desceu a lenha na administração caótica de Salvador, fazendo comparações inevitáveis com a realidade de Brasília: “Logo quando cheguei fiquei impressionado com a organização da cidade. Taxistas educados, canteiros centrais floridos, avenidas com seis faixas, arquitetura e respeito aos pedestres foram às primeiras coisas que reparei. Mas, na primeira sinaleira, lá estava um trabalhador informal vendendo água. Apesar disso, foi muito diferente de Salvador, onde encontramos uma equipe de vendedores de água correndo de carro em carro a ponto de serem atropelados”, escreveu. 
Realidades comuns nas grandes metrópoles do Brasil.
“Do terraço do hotel onde fiquei hospedado, observando a movimentação do trânsito, fiquei impressionado de como numa cidade pode ter um asfalto perfeito e pistas tão largas. Não vi nenhum motorista aloprado dirigindo como se estivesse numa pista de Fórmula I. Talvez eles estivessem tão acostumados com as avenidas que não precisassem fazer o que nós baianos fazemos na Avenida Paralela quando, por um milagre, ela não está engarrafada”, ironizou.
Com relação ao clima seco de Brasília, salientou: “Passei três dias infernais em relação ao clima. Tive febre, dor de cabeça, sangramento no nariz e os lábios ressecaram. Disseram-me que precisava beber muita água, assim o fiz, mas não adiantou muito, nem mesmo os analgésicos estavam ajudando, pois não parava de pensar no ar de Salvador e nas praias e cheguei à conclusão de que não trocaria meu ar pela estrutura de Brasília”, escreveu tentando amenizar com o bloco dos chatinhos da terra do cocô com acarajé.  
Mas quando se abre a possibilidade de o leitor se familiarizar com as surpresas, com as visões plurais reservadas pela linguagem literária, as experiências de mundo de certos autores, a sua consciência se expande no convívio com o novo e responde de maneira criativa e própria. Malungu pode até não ter gostando muito do clima seco de Brasília, mas aproveitou bastante nas suas interpelações.
“Na manhã do segundo dia em Brasília, procurei uma farmácia sem ser no setor de farmácias, pois tudo lá tem setores, algumas pessoas gostam disso, mas, eu que sou pobre, gosto mesmo é de ter uma biboca perto de casa vendendo de tudo, gosto de comprar geladinho de amendoim na vizinha e espelho no cara que passa com um carrinho de mão cheio de utensílios do lar”, enfatizou, querendo parece dramático com o seu resfriado. “E foi nesta manhã que encontrei dois moradores de rua dormindo. E, no dia seguinte, quando fui a Catedral encontrei um mendigo sentado no chão pedindo esmolas, ou seja, apesar de poucos, os excluídos também estão por lá”, complementou. 
A catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida,
mais conhecida como catedral de Brasília.
E isso me fez lembrar do presidente Juscelino Kubitschek que, numa das viagens ao Planalto Central, ao explicar a um grupo de jornalistas estrangeiros que iria construir naquele descampado a nova capital do País, deparou-se com a reação espantada de uma francesa.“Mas o senhor vai erguer a capital num deserto? Isso é um absurdo”. E Juscelino rebateu:“Não, minha filha, absurdo é o deserto”. E em agosto de 1961, com a cidade já de pé, até o astronauta soviético Yuri Gagarin, ao conhecer Brasília, não escondeu sua perplexidade: “A impressão que tenho é a de estar chegando a um planeta diferente”.
Reações como essas são bem comuns até hoje diante da ousadia de JK. Brasília nasceu debaixo de polêmica. E na opinião do ex-governador do extinto Estado da Guanabara Carlos Lacerda, a construção da cidade foi o que deu origem à inflação que corroeu a economia nas décadas que se seguiram. Com os seus 2,6 milhões de habitantes, a cidade ostenta o melhor índice de desenvolvimento humano, mas como tão bem pontuou o nosso amigo escritor Malungu, com contrates aos olhos vistos: “Talvez porque lá é onde mora a presidente. Quem não sabe que quando a presidente vai visitar uma cidade, todos escondem seus mendigos e moradores de rua?”
Artistas de rua em frente ao edifício Dr. Crispin,
no setor Hospitalar de Brasília.
O sonho de Juscelino ficou consolidado e o cinquentenário da capital do País foi festejado com debates de partidos e sorteios de brindes para os miseráveis. “Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil para os portugueses e JK descobriu o Brasil para os brasileiros”, disseMaria Elisa Costa, filha do urbanista Lúcio Costa que desenhou a capital juntamente com o arquiteto Oscar Niemeyer (*pois é, o Oscar não projetou a cidade sozinho, como sempre a Globo tenta passa!) e o calculista e poeta Joaquim Cardozo. Mas prefiro as palavras do meu amigo escritor baiano Malungu: “Não sou ingênuo de acreditar que em Brasília não tenha diferenças sociais. Eu estava hospedado próximo ao Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, então a “limpeza” que fazem nas cidades que serão visitadas pela presidente, deve ser feita lá todos os dias. Neste momento, por exemplo, estão tentando “limpar” as cidades sede da Copa”.
E se, por um lado, mais do que acredito, eu espero que a Literatura não venha a deixar de existir, por outro entendo que o mundo se abre enormemente com as publicações digitais independentes e com impressões subjetivas, queimando em febre, dor de cabeça, sangramento no nariz e lábios ressecados. Tadinho do meu amigo!
+ UMA RAPIDINHA COM MALUNGU:
Elenilson – Como surgiu o convite de Elisa Lucinda? 
L. Malungu – Surgiu através do GGIM (gabinete de Gestão Integrada Municipal) de Lauro de Freitas e da OIT (Organização Internacional do Trabalho), nas pessoas de Débora Privat, Arrute e Tais Dumet que levaram os nomes a Elisa Lucinda e equipe da Casa Poema (RJ) para avaliação e aprovação. E ela já me conhecia devido a primeira Oficina realizada em Lauro de Freitas-BA.
Elenilson – Como foi esse encontro? 
L. Malungu – Primeiro foi muito bacana rever todo o pessoal da Casa Poema e da OIT, pois são pessoas excelentes e preocupadas com a Segurança Públicaem nosso País. Eu posso dizer que são militantes da palavra, acreditam e lutam, assim como eu, para que haja uma transformação social neste País através da educação e da arte. E como amamos a poesia, porque não usá-la como ferramenta? Foram três dias de discussões sobre segurança pública e sobre como ampliar o projeto “Palavra de Polícia Outras Armas”, discutimos os resultados das oficinas realizadas na Bahia, Espírito Santo e em Minas Gerais, pois haviam representantes desses três Estados. Além das discussões, mais uma vez, passeamos pelos diversos livros e textos buscando aquele que tocasse a nossa alma para uma apresentação aberta ao público no último dia da Oficina.
Elenilson – O quê de importante você tirou dessa iniciativa?
L. Malungu – O poder de transformação através da poesia é muito maior do que eu imaginava. Ouvi depoimentos tremendos de homens e mulheres acostumados a lhe dar com a criminalidade e com a frieza da profissão, chorando devido aos versos de grandes poetas. A maioria estava na segunda Oficina com Elisa Lucinda e todos permitiram que a poesia passasse a fazer parte de suas vidas não somente para apresentação da primeira oficina e sim de forma permanente, devido ao impacto do trabalho realizado.
Elenilson – Em se tratando de literatura mais elaborada, imaginar um mundo sem editores é uma coisa boa? 
L. Malungu – Em toda profissão há os bons e os maus elementos. Sei que existem editores mercenários, mas também existem aqueles que estão realmente preocupados com a qualidade do trabalho e na prestação de um bom serviço ao escritor. Tem editor que vibra junto com o escritor quando a obra está pronta, posso citar a Miriam Sales, da Pimenta Malagueta Editora.
Elenilson – O trabalho do editor sério, como profissional especializado na ligação entre autor e leitor, melhora a qualidade dos livros ou eles são apenas um mercenários exploradores de autores? 
L. Malungu – Quando um editor ama o que faz e faz por amor, ele realiza um ótimo trabalho e lógico é recompensado por isso, afinal de contas existe um contrato e este contrato deve ser bom para ambas às partes.
Elenilson – Sua poesia e sua postura mudaram depois de Brasília?
L. Malungu – A minha forma de ler poesia mudou desde a primeira oficina com Elisa Lucinda e os profissionais da Casa Poema, a minha forma de declamar também mudou, em Brasília tive a oportunidade de aprender mais e aprimorar a declamação dos textos. Sempre escolhi para declamar textos que tivessem rima, quando cheguei na oficina escolhi justamente textos sem rima para aprender como declamá-los, pois tenho vários poemas sem rima e nunca apresentei-os ao público, agora poderei fazer isso.Existem coisas que precisam ser discutidas sempre, principalmente entre os profissionais da Segurança Pública. E a falta de humanidade entre as pessoas é o que chega até nós, a todo o momento. Pai que maltrata os filhos, filhos que abandonam os pais idosos, estupradores, assassinos e toda a parte podre da sociedade. Isso tudo tira um pouco da nossa sensibilidade, nos deixa frios e a poesia nos ajuda ativar nosso lado sensível.
Elenilson – Conta agora para os nossos leitores sobre aquela história que você queria invadir o STF?
L. Malungu – Não é bem invadir, mas neste momento o STF é o orgulho do País e eu queria entrar tirar fotos, apertar a mão do relator do caso do mensalão, o Joaquim Barbosa, mas infelizmente o STF estava todo cercado com umas barras de ferro, então tentei entrar para tirar pelo menos uma foto ao lado da placa, coisa de turista (risos), mas também fui impedido pelos seguranças.
Elenilson – Como é a Elisa Lucinda assim-assim cara, corpo e alma? 
L. – Elisa Lucinda é demais, ela consegue ver em você o que você ainda não viu, ela está atenta a tudo e a todos, é muito inteligente e humana, sabe quando me dizem que nem parece que sou militar, por terem uma ideia sobre o militar? Pois é, ela nem parece que é artista (gargalhada). Outro dia vi uma postagem dela respondendo a alguém que falou que ela não queria tirar fotos e ela explicou na maior elegância o problema que ocorreu, a pessoa puxou ela pelo braço de um lado para o outro, isso não se faz, nem com artista nem com ninguém.
Elenilson – Você ficou deslumbrado com essa experiência?
L. Malungu – Depois dessa experiência, não terá como ir ao Rio de Janeiro e não visitar a Casa Poema.
“Logo quando cheguei fiquei impressionado com a organização de Brasília. Taxistas educados, canteiros centrais floridos, avenidas com seis faixas, arquitetura e respeito aos pedestres...”
“Eu fiz várias perguntas a esse cara e ele não respondeu, aí eu disse que ia atravessar 
o portão do Palácio e ele mexeu o dedo para dizer: NÃO!” 
 Imagens exclusivas da oficina com Elisa Lucinda.
fotos: LM/reprodução
Contato: www.malungupoeta.blogspot.com.br

23 de agosto de 2012

Nos Bastidores da Literatura


Valdeck Filho nasceu em Salvador. É formado em Comunicação Social com habilitação em jornalismo, pela Faculdade da Cidade do Salvador. Depois de trabalhar em jornais e revistas como repórter fotográfico e ser professor de fotografia forense na Academia de Polícia Civil da Bahia, foi contratado pela TV Aratu, como produtor e repórter policial no programa “Na Mira”. O que o traz ao Fala Escritor é o lançamento do seu livro “Nos Bastidores do Na Mira”, no qual aborda, entre outras coisas, como conseguir uma boa pauta. Valdeck nos contará como foi o processo do fazer literário.

Quem é o Escritor?
Carlos Pronzato (Buenos Aires, 1959) é escritor, cineasta, teatrólogo e ativista social, formado em direção teatral pela Universidade Federal da Bahia - UFBA (1993) com pós-graduação/especialização em teoria do teatro: a cena contemporânea pela UFRGS (2002). Nesta edição ele vai dizer um pouco mais sobre sua carreira e projetos literários e de cinema. Professor de Produção Audiovisual na Faculdade da Cidade do Salvador.



 

MÚSICA
Retornando de turnê em São Paulo e outras regiões do Sul do país, o cantor e compositor Dé Barrense volta ao palco do Fala Escritor. Causos, poesias, cordéis e música compõem o repertório do músico que faz o público viajar ao Velho Chico e sentir as emoções das comunidades ribeirinhas. Dé tem canções que fazem parte de trilha sonora de filmes e tem textos em diversas antologias poéticas. Seus discos são: Barrancos do Velho Chico e Impossível Esquecer.

RECITAL

A principal finalidade do Projeto Fala Escritor é conceder espaço para escritores e poetas mostrarem  seus trabalhos, falarem um pouco das suas concepções literárias e, neste encontro, não fugiremos à regra. O microfone mais uma vez estará aberto aos poetas e poetisas que desejarem declamar, recitar ou ainda ler seus textos para uma plateia ávida por conhecer e reconhecer a escrita contemporânea.



Serviço:

O que: Nos Bastidores da Literatura
Onde: Mega Store Saraiva Iguatemi (Espaço Glauber Rocha).
Quando: Dia 01 de setembro (sábado), a partir das 18h.
Entrada: Gratuita
Informações: (71) 9345-5255 / 8122-7231

19 de agosto de 2012

Divulgando projetos amigos: VIVA POESIA VIVA


17 de agosto de 2012

Todo sucesso para Ana Paula Fanon, FELIZ ANIVERSÁRIO.


Alma  Feminina  

                         Por  Ana  Paula  Fanon




















O  risco do tempo  me  fez mulher
Primeiro  os  laços  de  fita,depois as   tranças da  ingenuidade
Foi  gestado  aos  poucos  dentro de mim,  a doçura !
Uma negra   Dandara,
Uma  candace menina ,
Carrego a beleza  subjetiva  das  águas
Os  cravos do  passado  transformaram-se  em  rosas
Os  espinhos de outrora
Hoje  são  pétalas   de  sensibilidade
                                             Rosas negras  espalhadas  no  jardim
                                             Rosas pretas  que  exalam vaidade
                                             Pérolas de ébano
A leveza  da  textura  dos  meus   cabelos  crespos,
O mel  dos  meus lábios ,
A determinação  das  minhas  mãos ,
As marcas  genuínas  do meu corpo,
O perfume açucarado que  transpira  em minha pele,
O labor com as palavras,
Útero  mantenedor  das  vidas
                                         Sou Fêmea
                                                      Feminina
                                                                 Fértil
  Parideira  de  versos
  Amante  do texto vivo
  Lavadeira dos resquícios históricos
  Consumida  pelo  desejo de ser e estar  no mundo                        
  Eu sou  mulher!
                   Yabá
                       Mulher de  guerra  e  paz
                Nefertiti reencarnada  de  saia rodada
               Ocupante  das  encruzilhadas  literárias
                Orientada pelos  búzios  poéticos

16 de agosto de 2012

Próxima edição: 01 de setembro de 2012

Local: MegaStore Saraiva Iguatemi
Hora: 18 horas




15 de agosto de 2012

Inscrições abertas para o Concurso Literário Poesias Sem Fronteiras

VIII CONCURSO LITERÁRIO POESIAS SEM FRONTEIRAS         

           (inscrições de 10 de agosto até 20 de dezembro de 2012)


Apoio: Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências ;  União Brasileira dos Escritores/BA;

Com o objetivo de estimular poetas de todo o Brasil e de outros países, o concurso premia os melhores trabalhos, comprovando o sucesso com sua 8ª edição. 
Os interessados devem enviar uma única poesia, tema LIVRE (digitada ou datilografada) inédita sob pseudônimo, em duas vias, dentro de um envelope maior. No envelope menor, deverá constar a ficha de inscrição que  será criada pelo autor, com  o nome, endereço completo, idade, profissão, escolaridade, título da poesia, pseudônimo, telefone, e-mail (se tiver), comprovante de depósito de R$ 9,00, em nome deMarcelo de Oliveira Souza, conta poupança BRADESCO : No 5920 digito 0 Agência 3679 digito 0. Não se esquecer de dizer como tomou conhecimento do concurso e se já participou de outras versões.

Obs:  Não aceitaremos poesias por e-mail ; menores de idade podem participar desde que seja com a autorização dos pais ; Inscrições de países de outra língua também serão aceitas desde que estejam na língua oficial do concurso – Língua Portuguesa; Os trabalhos enviados, no final do concurso serão incinerados; Caso não haja autor menor e/ou estrangeiro a premiação se extinguirá; O autor poderá participar com mais de um trabalho, para isso terá que efetuar nova inscrição e pseudônimos diferentes;

O Livro Confissões Poéticas é do autor MARCELO DE OLIVEIRA SOUZA, organizador do concurso; O Livro Varal Antológico II é  um projeto organizado por Jacqueline Aisenman.; Os Livros "30 Anos de Poesia" e "Memórias do Inferno Brasileiro" são do autor Valdeck Almeida de Jesus .
  
Formas de pagamento: 
• Em espécie junto à ficha de inscrição (envelope menor) 
• Depósito Bancário ou transferência de conta 
• Fora do país:  Cinco  dólares / euros  ou em moeda vigente de cada pais no valor correspondente.

RESULTADO: Dia 10 de janeiro de 2013No site oficial do concurso; nos blogs marceloescritor;  por e-mail, para quem enviar o endereço eletrônico e por carta para quem não tiver e-mail.
1°lugar: Troféu + certificado  + Livro Confissões Poéticas   + Livro Varal Antológico II
2° lugar: Troféu + certificado + Livro Varal Antológico II + Pen Drive 4GB

3° lugar: Certificado   + Livro  "Memórias do Inferno Brasileiro"

4° Lugar:  Certificado + Livro "30 Anos de Poesia"

5° Lugar:  Certificado + Livro "30 Anos de Poesia"

Menções Honrosas: Uma  para o autor Nacional Juvenil, menores de idade; outra para

 o  autor Internacional;  cuja premiações  serão:   Nacional Juvenil: certificado + Livro Varal Antológico II + MP3 + Camisa Tamanho M do site “Galinha Pulando” ; Internacional:  certificado  + Livro Confissões Poéticas + “Memórias do Inferno Brasileiro”
Todos os vencedores do concurso terão seu trabalho publicado no site www.poesiassemfronteiras.no.comunidades.net
Contatos: marceloosouzasom@hotmail.com e celular 71-81553677     
Enviar carta registrada para:    
VIII Concurso literário: Poesias sem Fronteiras
A/c escritor Marcelo de Oliveira Souza Conjunto Edgar Santos Bloco 14/204 
Engenho Velho de Brotas  Salvador  Bahia   BRASIL CEP 40240-550

14 de agosto de 2012

Três anos do Fala Escritor - Ritmo e Poesia



Completamos três aninhos de história, muitos foram os nomes que brilharam no palco do Projeto Fala Escritor, mas não existe brilho mais especial que o sorriso dessa turma... valeu cada minuto... tem sido importante cada instante que compartilhamos livro, leitura e literatura...poesia é o sorriso estampado em cada face, poesia é o desejo de fazer uma edição ainda mais especial e sermos ainda mais felizes a cada encontro...Parabéns a Todos Nós!!! (Renata Rimet)

No último sábado a alegria foi contagiante no

Espaço Cultural Glauber Rocha da Livraria Saraiva Iguatemi. Em todas as edições do Fala Escritor não é diferente: poesia, música, escritores se apresentam e
contam suas histórias e aventuras literárias.
Dia 11 de agosto foi o aniversário de três anos do
projeto e a festa não poderia ser diferente. Todos os poetas, escritores e amantes das letras e dos versos tinham motivos para a justa e merecida comemoração.


O Fala Escritor nasceu na capital baiana, idealizado pelo professor Leandro de Assis, o Fala Escritor vem crescendo a cada ano que passa, o balanço final é sempre positivo. Aumento de público, divulgação em vários meios impressos e eletrônicos de divulgação, assim o Fala Escritor cresce e ocupa espaço na preferência de cultura numa das noites de sábado de cada mês.

Nessa edição especial a participação musical ficou por conta de Gibran Sousa acompanhado de Gabriel Barros que, como sempre Gibran deu um show de interpretação cantando a poesia de uma forma ímpar. Tivemos ainda os convidados Carlos Barros e Vércia Gonçalves que não fizeram por menos. O poeta Josué Ramiro nos deu a honra de declamar na abertura e no encerramento do evento e assim como todos os outros participantes do recital encantou o público.

Prata da casa e estudante do ensino médio no CPM Lobato, Bruno Máriston, que nunca passou pelas divisões de base, pois ela não existe na poesia, estreou direto no palco do Fala Escritor em 2010 e ontem foi à noite dele no quadro “Quem é o Escritor?”. O garoto “mandou” muito bem seus versos e conversou com o público sobre suas influências citando de Leandro de Assis a Shakespeare, não se esquecendo de homenagear seu pai e sua namorada com seus poemas.

Agradecemos a Editora Pimenta Malagueta e também a escritora Carla Elísio que desde a edição passada  deixaram os livros que foram distribuídos gratuitamente para o público. Além do escritor Valdeck Filho que estará falando sobre os ‘bastidores da literatura’ no próximo evento do Fala Escritor, mas fez questão de estar presente em nosso aniversário e distribuir exemplares do seu livro. Agradecemos também a Academia de Letras do Brasil Seccional Suiça por abrilhantar nosso evento diplomando como membros imortais os escritores Leandro de Assis e Deomídio Macedo.

Atualmente a equipe de organização é composta por Leandro de Assis, Carlos Souza, Cymar Gaivota, Jorge Carrano, Pinho Sannasc, Renata Rimet e Valdeck Almeida de Jesus.